Estamos como que hipnotizados, a aten o presa numas tantas performances pol ticas. Todavia, o imp rio do mundo europeu remetido, definitivamente, para o passado, deixa a aten o aprisionada em umas tantas figuras p blicas, pol ticos novos ou nem tanto, afirmando, reiterando estrat gias manifestas, desconhe o se ardilosas, dado que o que est em causa o poder. A responsabilidade, a quebra de confian a entre cada membro da Uni o e o governo nacional e supranacional foi crescendo; todavia, sempre que o amor pelo europe smo ferido, as na es come am a reavaliar o passado, esquivando-se assim preocupa o pelo futuro; e os movimentos c vicos multiplicam-se procurando vozes encantat rias a aproximar-nos da alegria coberta de l grimas do fim da Segunda Guerra Mundial.
Nestes momentos, suspensas de maestro ainda desconhecido, as na es devem tornar-se c mplices na harmonia, para que se evitem feridas que agravem a reconstru o do futuro. Todavia n o isso que se verifica: persiste nos portugueses o gene que nos levou pelo mundo, mundo em que fomos vencedores No caso dos pequenos pa ses como Portugal, sofrendo noutros tempos decis es em que n o participara, talvez o desequil brio entre na es e recursos contribua para que centros de poder an nimos tanto quanto poss vel reescrevam o credo dos valores.
A ordem internacional est em suspenso e o discernimento do futuro um fruto ainda verde sujeito aos ju zos de in meras probabilidades, dado que, como bem sabemos, apesar de quaisquer certezas, pode sempre acontecer outra coisa que passou sem reparo aos encarregados da vigil ncia E ent o, iria sendo elaborada uma realidade diferente, sabido que o imp rio euromundista ficou definitivamente confinado a um cap tulo da hist ria passada, a outros momentos em que o maestro erguera a batuta, os pa ses aguardando suspensos o primeiro acorde! O ouvido treinado lev -los-ia a agir desde logo...
Acontece todavia que no chinfrim dos povos e das na es, agravos que pareciam cicatrizados e esquecidos e nisto n o estamos s s, enquanto europeus -, se perdem os princ pios da solidariedade.
Bem pode o maestro, em desespero, erguer o bra o, a batuta: ningu m aguardar o tom Desde h muito a harmonia deixou de ser valor primordial em qualquer arranjo, bastam o tenor, o contratenor; ah! E o coro; sem coro nada feito; ou por outra, tudo desfeito, perdido. Reconstruir o futuro depende de soberanias alheias; n o se trata do tra ado geogr fico antigo, antes da varia o de valor de que foi objeto, designadamente o nosso Pa s, que cultivou uma no o de fronteira geogr fica sagrada, onde se fixavam as ra zes da expans o.
A paz nunca foi favorecida. Nem ser .
Recordemos a Guerra Fria: depois dela foi assumido o conceito de fronteira dos interesses e sempre invocado com finalidades defensivas. Todavia, quais as fronteiras, os interesses?
A paz nunca favorecida.
Aguardemos, no entanto, as pr ximas elei es; terminado o intermezzo, fixemo-nos no tom, conhecidos por essa altura os interesses. Interesses nacionais, for osamente.
2021.11.18