Tenho visto alguns episódios de uma série passada em Israel, num bairro habitado por judeus ortodoxos. Uma coisa que que me surpreende e encanta, para além da presença da alimentação onde os legumes não faltam, é o quotidiano, que é passado muitas vezes a cozinhar, à mesa ou a celebrar, e ainda a comunicar, com uma chávena de chá à frente ou sob esse pretexto. Os pratos não parecem requintados, mas muito autênticos, quase têm sabor e cheiro, fico com fome de os ver comer.
A outra coisa que me chamou a atenção na série são os livros. A força da presença do livro em todos os momentos da vida. Para além dos estudiosos da Torah, que são pagos para o fazer, e das bibliotecas onde isso se passa, as casas têm um amplo espaço repleto de prateleiras com livros, muitas e belas encadernações. E como são ortodoxos, não têm televisão nem internet, sendo sempre perante um livro que se encontram quando não estão a interagir. Isto pode ocorrer à mesa da refeição, na paragem, no transporte público, no café, no hospital, na cama antes de adormecer, em todos os lugares. E penso: que imensa riqueza a duma cultura em que o livro tem um papel central. Não me identificando com movimentos ortodoxos de nenhuma espécie, não deixo de os invejar no que ao livro diz respeito. Sabendo que não há pessoas, nem grupos, nem religiões perfeitas, sempre temos um bocadinho a aprender com cada um. Diria mesmo a maravilharmo-nos, se conseguirmos libertar-nos das viciantes obsessões com o que não funciona bem.
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