2010-11-03



Risoleta C Pinto Pedro


UM HOMEM

Escrevo hoje sobre um homem que não conheci, mas que andei acompanhando à distância. Ultimamente tinha pensado fazer-lhe uma visita, em Sintra, onde morava. Já não fui a tempo. Ou… quem sabe se não estará a ler-me agora? Sei que leu alguns dos meus livros, como li os dele. Tinha-o (tenho-o) como homem sensível, erudito, culto, requintado, de bom gosto. Não vou dizer que fazia parte de uma espécie em vias de extinção, porque não acredito nisso e também porque não gosto de ditar sentenças desse tipo. Sei do poder que podem ter as palavras.

Escrevi sobre alguns dos livros que publicou, sobretudo colectâneas. Uma delas, A Circulatura do Quadrado, tem a sua imagem de capa todas as semanas projectada na mesa de debate de um dos programas de maior divulgação da SIC: A Quadratura do Círculo.

Dr. António Ruivo Mouzinho. Dele, cumpriu-se o círculo, fechou-se um ciclo, ele impulsionou-se para fora e está agora na espiral, essa famosa desconhecida de onde ainda ninguém voltou para contar, e se voltou, não lhe chegaram as palavras para o fazer. A não ser os poetas. Misteriosamente. Ele, que era um homem amigo das palavras, de que forma estará agora imaginando uma nova colectânea de poesia que fale sobre… o inominável? Que título lhe porá? A amável circulatura da… espiral?

risoletacpintopedro@gmail.com

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