2020-01-08



Risoleta C Pinto Pedro


Atmosfera psíquica



Existe, na atmosfera, uma miríade de gases tóxicos que comprometem quer directamente a nossa saúde individual, quer as condições de vida a nível colectivo, quer ainda a sobrevivência do próprio planeta.

Mas existe outro nível de toxicidade ainda mais ignorada do que esta (pois se é ignorada, não deixa de ser conhecida), toxicidade não sabida e praticamente desconhecida, que está ao nível do campo electro-magnético. É invisível, mas os seus efeitos são bem materiais.

Algumas pessoas são mais sensíveis a estas ondas invisíveis, que influenciam o seu campo mental e emocional. São as chamadas “esponjas”.

Os tempos colectivamente difíceis e perigosos que estamos a viver não surgem por acaso e não existe um único causador. Ainda que alguns, pelas suas funções institucionais, sejam particularmente responsáveis e não possamos nem devamos escamoteá-lo. Contudo, isso não nos iliba. Não temos funções decisórias, mas participamos e influenciamos as decisões de modo subtil mas poderoso enquanto conjunto, composto por cada um de nós. Cada um é importante e não pode diminuir-se nem no bem, nem no mal.

Se alguns tóxicos químicos, como os agro-tóxicos, podem ter efeitos subtis, causando depressões por inalação, e isso está estudado e provado, alguns tóxicos mentais, aumentando o envenenamento do campo electro-magnético de que todos participamos têm, pelo contrário, efeitos bem físicos, bem materiais, como aqueles a que vimos assistindo: assassinatos, conflitos, suicídios, invasões, violações, variados tipos de agressões. As nossas emoções e as nossas formas de pensamento não são sem consequências. Pelo facto de não terem forma física não significa que não existam e não influenciem o campo mental subtil de que todos participamos. Sou tão responsável pelos meus pensamentos como pelas minhas palavras e pelos meus actos, e nenhum destes é menos importante que o outro.

Não vale a pena lavarmos as mãos como Pilatos e dizermos que o que acontece no mundo não é responsabilidade nossa, pois estamos constantemente a emitir pensamentos que uma vez libertados deixamos de controlar e vão alimentar a “psicosfera”, termo usado por alguns, que vem do grego e significa atmosfera psíquica, ou seja, um campo de emanações eletromagnéticas que envolvem o ser humano, o nosso meio ambiente espiritual. Se a nossa psicosfera for saudável, somos menos vulneráveis às emanações colectivas, se os nossos pensamentos forem benévolos e honestos, influenciamos de modo mais positivo esse património geral, e o contrário também é verdade. Muitas experiências científicas ao nível da influência colectiva de muitas mentes têm sido feitas com resultados que não deixam dúvidas.

Mas umas vezes louvamos a ciência, sobretudo quando nos desresponsabiliza ou nos apresenta como vítimas, confortável estatuto para preguiçosos, outras ignoramo-la, quando nos responsabiliza. Não é fácil vivermos como adultos. A criança que gosta de se vitimizar continua à espreita, sedutora e susceptível. It’s un injustice, yes it is!, choraminga o pequeno Calimero dentro de nós.


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