2019-05-22



Risoleta C Pinto Pedro


ABRACADABRA



Várias são as versões das possíveis origens desta palavra, contudo têm algo em comum: o poder. O poder da palavra. Muito bem, parece-me pacífico a dois níveis. Ninguém nega o poder que uma palavra bem ou mal utilizada pode ter perante uma pessoa a quem a dirijamos. Também é do domínio público o uso mágico desta palavra específica, nomeadamente hoje ainda, nas histórias infantis ou em espectáculos de ilusionismo.

Mas começa a fiar mais fino quando entramos no domínio vibratório do som, da frequência das letras e da relação dos sons da linguagem com a realidade.

Não deixa se ser curioso que em Português esta palavra se inicie e termine, simetricamente, com o conjuntivo (ou imperativo) do verbo abrir. Uma palavra que se repete a si mesma e se olha como espelho. Essa é, aliás, uma das curiosidades da palavra, cuja história ou especulação vale a pena conhecer. Tem pronúncia igual em quase todas as línguas. Para além do seu uso enquanto protecção e mesmo terapêutico, parece ser muito semelhante o significado da palavra em Aramaico e em Hebraico: a "criação pela palavra", sendo que na segunda tem um reforço de significado como "bênção", que é também uma intenção de criação pela palavra. Poderemos argumentar que uma coisa é a intenção, outra a acção. Isso desencadearia várias crónicas, mas cá voltaremos...

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