Roda de choro do Porto

Pode recordar algumas das anteriores, nomeadamente a 117ª:

https://www.unicepe.pt/choro/choro_117/choro_117.html
ou a 74ª:
https://www.unicepe.pt/choro/choro_74/choro_74.html


Roda de choro do Porto
Impressões de um ouvinte no seu batismo de roda de choro

Roda de choro

(Porto, Unicepe, 05/12/2012)

As cadeiras para os músicos vão-se arrumando à volta de uma mesa e os espectadores, por sua vez, ficam mais atrás à volta desta roda. Chegam os primeiros músicos, instalam-se, e a sessão começa titubeante. Entretanto vão chegando mais músicos que se encaixam na roda, a qual se vai alargando. Há uma democraticidade evidente em relação a qualquer músico que apareça, que é sempre bem-vindo, mesmo sem se saber qual vai ser a sua contribuição musical. Mas ninguém está preocupado com isso. É um convívio musical, uma partilha entre todos os que quiserem participar.

O clima é de uma espécie de festa musical, em que cada um oferece a sua execução musical, modesta ou de grande qualidade. Mesmo assim, há músicos de alta craveira que se “apagam” pois a situação não é de brilhar a solo, embora os solos também surjam, bem intencionados, uns conseguidos, outros nem tanto.

Milagrosamente, por vezes ouvem-se pausas no discurso musical, que todos sentiram. Nessa altura percebemos que está a haver maior sintonia do que parecia. De quando em vez (não se percebe se é intencional), surge um tema a solo ou em dueto que nos refresca o ouvido pelo contraste com a massa sonora dominante.

Consoante os temas, a inspiração do momento e o número de cálices de Porto POÇAS aviados que o anfitrião gentilmente vai repondo, o resultado musical é de certo modo imprevisível. Por vezes é uma amálgama sonora ponteado pelo pandeiro brasileiro que acentua bem os ritmos dos vários choros. Mas há também momentos iluminados que refletem um entendimento total naquela conversa musical.

O público é generoso e brinda sempre os músicos com os seus aplausos, incentivando-os para o tema seguinte, e eles continuam em velocidade de cruzeiro. Também no público o ambiente é de grande descontração: há fotógrafos improvisados, conversas animadas competindo com o nível sonoro dos instrumentos (efeito de máscara), poses de quem se transportou para uma outra dimensão, mas predomina a atenção à música e aos músicos que estão ali tão perto.

Marcelo dá muitas vezes o mote mas espera também que os outros músicos avancem. Ele é o autêntico motor do grupo através de uma linha de baixo trabalhada no seu violão de sete cordas. Pelo movimento dos dedos nota-se que o ritmo da melodia e das modulações é por vezes alucinante. Mas parte desse virtuosismo fica misturada no pano de fundo sonoro que todos tecem e que caracteriza esta roda de choro.

Luís Henrique

às primeiras quartas feiras de cada mês, das 21:30h às 23:00h

Ponto de encontro regular para que músicos de todas as idades e proveniências partilhem a efervescência do choro

uma roda de choro não é um concerto, não é um ensaio, não é uma jam session

é uma celebração e uma partilha de uma música refinada pelo

seu conteúdo popular, pelo modo de sentir efervescente e generosa





A propósito da roda de choro de 2016/01/06

Porto, 6 de Janeiro de 2016
UMA NOITE DE CHORINHO
Livraria UNICEPE
Celso de Lanteuil


Os músicos chegam. Abrem os "cases" das guitarras. Retiram seus instrumentos e os afinam. Lá fora a chuva se recolhe, parece prestar atenção. A temperatura na cidade do Porto está ao redor dos 12 graus Celsius, nada mal para um Carioca!
Nos encontramos na livraria UNICEPE. O Tawny Porto POÇAS é servido por Rui Vaz, um coração que não deixa os livros serem esquecidos. As notas musicais fazem milagres. Que momento é este? Qual força é esta? Só mesmo a música e os livros...

às primeiras quartas feiras de cada mês, das 22h às 23.30h

Ponto de encontro regular para que músicos de todas as idades e proveniências partilhem a efervescência do choro

uma roda de choro não é um concerto, não é um ensaio, não é uma jam session

é uma celebração e uma partilha de uma música refinada pelo

seu conteúdo popular, pelo modo de sentir efervescente e generosa


A roda de choro de 2 de março de 2022

A roda de choro de 7 de março de 2018

Roda de choro de 6 de setembro de 2016 - 68 sessão

Roda de choro de 27 de Abril de 2016

Roda de choro de 5 de dezembro

Roda de choro de 21 de novembro

Imagens da roda de choro de 17 de outubro

Roda de choro de 19 de setembro

Imagens da roda de choro de 18 de julho

Imagens da roda de choro de 4 de julho

Imagens da roda de choro de 20 de junho

Imagens da roda de choro de 6 de junho

Imagens da roda de choro de 16 de maio

Tiago Cassola Marques

É natural de Aveiro (Portugal). Iniciou os seus estudos musicais no Conservatório Calouste Gulbenkian de Aveiro com os professores Miguel Lélis e Carlos Abreu. Posteriormente na Escola de Música do Conservatório Nacional de Lisboa estudou com Paulo Amorim, Gabriela Canavilhas e com António Wagner Diniz, e frequentando ainda os cursos livres de análise de Eurico Carrapatoso. Paralelamente estudou com Dejan Ivanovic.

Em Setembro de 2008 obtém com altas classificações o Título Superior de Guitarra no Conservatório Superior de Música de Salamanca (Espanha) com o Maestro Hugo Geller, assistindo a aulas de música antiga com Pilar Montoya, música contemporânea com Alberto Rosado, música de câmara com Dimitri van Halderen, história da música com Juan Carlos Asensio e composição com Cesar Aliaj.

Em 2005 foi bolseiro no Conservatorio di Musica di Perugia (Itália), estudando com o Maestro Leonardo De Angelis.

Recebeu master-classes de Ricardo Gallén, Roberto Aussel, Joaquín Clerch, Àlex Garrobé, Fábio Zanon, Paulo Vaz de Carvalho, entre outros.

Actuou como solista com a Orquestra de Cordas do Conservatório Nacional de Lisboa, e actua frequentemente quer em recitais a solo como em formações de música de câmara. Apresenta-se em duo com o guitarrista Eduardo Baltar Soares (Baltar Cassola Guitar Duo), com o percussionista Fernando Chaib, e ainda com a soprano Susana Gaspar, em diversos festivais e ciclos de música em diversas cidades de Portugal, bem como já apresentou concertos em Espanha e Itália ("Festival de Primavera" - Salamanca 2007, "Festival Internacional de Música de Medinaceli 2008", "Festival em Rotação - Caminha 2009", "Ciclo de Música Antiga no Douro" (2010 e 2011), e actuando em importantes salas e locais da cultura portuguesa (CCB, Convento de Mafra, Palácio de Queluz, Palácio da Ajuda, Teatro Helena Sá e Costa, Fundação Engº. António de Almeida, Clube Literário do Porto, Museu do Douro, etc.).

É igualmente membro fundador de diversos grupos tais como Alma Nua - Canto & Guitarra, Selva di Suono - quarteto de guitarras, Capella Antiqua - coro de câmara, ou Morning Singers - grupo vocal. Actualmente é mestrando em música na Universidade de Aveiro.

É professor de Guitarra no Conservatório de Música do Porto e na Escola Profissional de Música de Espinho.

www.myspace.com/baltarcassolaguitarduo
Eduardo Baltar Soares

Guitarrista diplomado pelo Conservatório Superior de Musica de Salamanca, licenciado em História pela Universidade do Porto e mestrando na Universidade do Minho, une no currículo colaborações internacionais com músicos e outros artistas, realizando investigações, oficinas e apresentações interdisciplinares em todo a Europa.

Venceu o IX Concurso de Formação e Execução Musical da F.C.R.G. e II Concurso Legato (Porto), premiado no I e II Concurso Internacional Concello de Gondomar(Espanha).

Apresentou-se em diversos ciclos de concertos e festivais em Aix-en-Provence, Lanzarote, Lisboa, Munique, Nice, Madrid, Paris Porto, Salamanca, Stefanaconi, entre outras. Tocou com o RemixEnsemble(Casa da Música) sob a direcção de Peter Rundel e como solista com o Taller de Musica Contemporânea del C.S.M.S.(Salamanca)sob a direcção de Zsolt Nagy.

Apresentou trabalhos de investigação musicológica no 1.º Simpósio Internacional de Música e Músicos de Guimarães e no II Colóquio Internacional APIHM na Universidade Portucalense

Colaborações frequentes com a soprano espanhola Maria Eugénia Boix,o flautista hispano-nipónico Guillermo Tomson, o percussionista brasileiro Denilson Oliveira e o guitarrista luso-alemão Luis Hoelzl em projectos musicais heterogénos.

Co-autor do projecto Meu Bem é teu Amor com a pianista Melissa Fontoura e a jornalista Eduarda Freitas dedicado à recolha de tradições orais do norte de Portugal apresentado nas principais cidades portuguesas, fundindo poesia e música sobressaindo a modernidade da cultura popular,

Fundou com Tiago Cassola o B.C.G.D. mantendo uma considerável actividade concertistic, divulgando a música portuguesa para duas guitarras. Juntamente com o brasileiro Fernando Chaib (percussão), manteem o projecto Rio de Janeiro, 1920.

Com considerável experiencia docente em Portugal e Espanha, lecciona actualmente na Academia de Música José Atalaya e na Escola Profissional de Música de Espinho.