2015-05-25, segunda-feira, 18h15:

Lançamento do livro
"VER não custa, o que custa é saber ver",
de Helena Carla Gonçalo Ferreira









Helena Carla Gonçalo Ferreira, nasceu em Angola, em 1969. Com dois anos, mudou-se para Trás-os-Montes, onde viveu durante grande parte da sua vida. Atualmente reside em Valongo (Porto).É autora dos livros para crianças "Lénita e o Principezinho Coração de Prata" e "Ti Manel Xeringa", editados, respetivamente, em 2008 e 2011.É Licenciada em Psicologia Organizacional - Vertente Recursos Humanos, pelo Instituto Superior de Línguas e Administração de Bragança, Pós-Graduada em Gestão de Organizações sem Fins Lucrativos, Curso de Especialização na Escola de Gestão do Porto - University of Porto Business Scholl e Mestre em Ciências da Comunicação - Publicidade e Relações Públicas, pela Universidade do Minho, sendo este livro o resultado da investigação realizada durante o referido Mestrado na UM, e apresentado como Tese de Dissertação, com ligeiras alterações.



Sobre a obra:

A obra "Ver não Custa, o que Custa é Saber Ver", resulta de um estudo sobre a comunicação visual do teatro de revista à portuguesa. A investigação desenvolvida no âmbito do mestrado em Publicidade e Relações Públicas teve como principal objectivo a análise de cartazes, panfletos e outros suportes visuais associados ao teatro de revista à portuguesa do Parque Mayer, em Lisboa, durante o período compreendido entre 1926 e 2011. "Se este género é essencialmente de crítica social e política, o que nos revela a sua comunicação visual? As conclusões mostram que esta funciona ela própria como critica político-social, surgindo como primeiro 'cartão de visita' junto da população, uma vez que apresenta as peças antes da estreia", explica a autora da obra de 220 páginas editada pela Chiado Editora.

Das 71 imagens de publicidade analisadas, surgiram seis categorias: 'Machismo: a mulher como objecto de prazer', 'Representação das províncias ultramarinas', 'Presença do Zé Povinho', 'Cultura popular', 'Cenas, locais e produtos do quotidiano' e 'O Parque Mayer, os seus teatros e o Teatro de Revista'. "A crítica social e, principalmente, política é muito mais evidente e visível a partir do 25 de Abril de 1974, como se pode verificar pela presença assídua do Zé Povinho. Nos materiais de divulgação, a crítica é visível, directa e sem subterfúgios", acrescenta Helena Ferreira.

Para além de permitir um maior entendimento da comunicação visual do teatro de revista à portuguesa, este estudo pioneiro contribuiu para uma melhor compreensão da história e da sociedade portuguesa, já que as imagens reproduzem e comunicam o ambiente sociopolítico de cada época. Na contracapa do livro, pode ler- se a opinião do encenador Castro Guedes: "Há muito que a revista à portuguesa devia ser conservada e protegida. Esta falha do Estado na vida artística acentua-se na e com esta obra, ajudando a perpetuar em registo o que alguma intelectualidade lusa recusa aceitar ou classifica como coisa menor. Sobretudo quando e porque estamos numa grave circunstância histórica de perda da nossa independência e identidade nacionais".



Helena Carla Gonçalo Ferreira, de 45 anos, é natural de Angola. Viveu durante grande parte da sua vida em Trás-os-Montes, tendo exercido funções de assistente técnica durante 16 anos num hospital público desta região. Actualmente reside em Valongo, no Porto. É licenciada em Psicologia Organizacional - Vertente Recursos Humanos pelo Instituto Superior de Línguas e Administração de Bragança, pós-graduada em Gestão das Organizações sem Fins Lucrativos pela Porto Business School e mestre em Ciências da Comunicação - Publicidade e Relações Públicas pela UMinho. Helena Ferreira é ainda autora de alguns trabalhos científicos na área da comunicação e do marketing público e não lucrativo.