Maria Augusta Seixas
Maria Augusta Anselmo Seixas nasceu em Lisboa, a 1 de dezembro de 1943. Oriunda de
uma família de republicanos. Fez o liceu no Dona Filipa de Lencastre, ao Arco do Cego.
Entrou para a Faculdade de Letras de Lisboa em 1961, participando na crise académica de
62. Dirigiu as Pedagógicas da pró-Associação da Faculdade de Letras, entre 1963 e 1964.
Em 1965 foi expulsa das universidades nacionais, na sequência da participação nos
acontecimentos de 1965 na cantina da Universidade de Lisboa. Fugiu para Bruxelas, onde
se licenciou em Jornalismo e Comunicação Social na Universidade Livre de Bruxelas.
Mais tarde, frequentou o mestrado em Comunicação e Jornalismo na Faculdade de Letras
de Coimbra.
Foi membro do Conselho Deontológico dos Jornalistas (2004/2007).
Viu o seu trabalho de repórter de televisão (RTP) várias vezes premiado. Recebeu o
grande prémio Gazeta de Jornalismo, do Clube de Jornalistas, em 1989 e 2001. Na
categoria de documentário histórico, o seu trabalho “O Século das Mulheres” obteve o
prémio Elina Guimarães 2002, atribuído pelas ONG´s da Comissão para a Igualdade e
Direitos das Mulheres (CIDM).
Apresentou comunicações em diferentes colóquios e seminários e colaborou no dicionário
“No feminino”, vols. I e II, dirigido por Zília Osório de Castro. Em 2005, o presidente
Jorge Sampaio atribuiu-lhe a Comenda da Ordem do Infante D. Henrique.
(in: http://casacomum.org/cc/arquivos?set=e_3682)
Virgínia Quaresma foi a primeira jornalista portuguesa
Exerceu a sua actividade entre outros nos seguintes jornais portugueses, como O
Século, O Mundo, A Capital, O Jornal da Noite, e também nos jornais do Rio de Janeiro,
como A Época, O Diário Português, A Gazeta de Notícias, o Correio da Manhã, Brasil -
Portugal.
Defendeu a amizade entre os dois povos, promovendo uma série de iniciativas
culturais que aproximaram as elites intelectuais do Brasil e de Portugal, como a Semana
Cultural portuguesa no Rio em 1933, que ainda hoje é considerada, por muitos, como um
marco na cooperação entre os dois países.
Foi também uma mulher do seu tempo, uma lutadora feminista defensora da
igualdade de direitos entre homens e mulheres, quer no plano teórico, enquanto
conferencista, quer na prática, enquanto jornalista divulgadora dos ideias feministas em
publicações periódicas, chegando ela mesmo a criar uma revista feminista.
Virgínia é fruto desta mudança na profissão que toma contornos que se
assemelham às suas características fundamentais de hoje.
A sua maneira de escrever, os temas que trata, têm também a ver com um novo
tipo de jornalismo que despertava -- a reportagem, caracterizado por uma linguagem viva,
«poder de comunicabilidade e abundância de informações».
Virgínia marcou a profissão, e nunca é demais relembrar a sua afirmação de
independência em relação ao poder político numa altura em que os jornais se faziam e
desfaziam o tempo de elegerem um político ou em função dum partido.
É disto que trata este livro.
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