Professora Adjunta
Coordenadora Erasmus outgoing ESE
Escola Superior de Educação
Instituto Politécnico de Bragança
Campus de Santa Apolónia, 5300-253, Bragança
Investigadora integrada
Centro de Literatura Portuguesa
Universidade de Coimbra
Faculdade de Letras, Largo da Porta Férrea, 3004-530, Coimbra
Biografia:
Alexia Dotras Bravo, de Vigo, embora natural de Maracaibo por essas singularidades da
vida, viveu quase sempre no eixo atlântico do que tanto gosta, entre a Galiza e Portugal.
Livreira, gestora cultural, story-teller, mediadora da leitura, é professora do ensino
superior de literatura desde 2003 nas universidades de Vigo, Coimbra e, atualmente, no
Instituto Politécnico de Bragança. Doutorada em Filologia Hispânica, especialista no
Quixote, assim como em literatura infanto-juvenil, ganhadora em 2000 do XIII Prémio
da Sociedad Cervantina, publicou dúzias de trabalhos académicos e científicos (Los
trabajos cervantinos de Salvador de Madariaga, CEC, 2008; Antología de poetas y
prosistas españoles, ed. da obra de Montero Alonso, com Montero Reguera, Tórculo,
2008; Esquiveles y Manriques, ed. de las novelas de Madariaga, Biblioteca Castro,
2012, 2014, entre outros). Decide, até que enfim, dar à luz o seu primeiro romance,
Jugar al palacio de Rosa, ambientada no seu Vigo amado, escrito há vários anos e
revisto profundamente no último ano.
Sinopse:
Em Vigo, um dia de março de 2020, num mundo à beira da pandemia, Rosa, um tanto
peituda, cabelos lisos e boca cor de vinho, tenta a sorte na camionete que a leva à
fábrica, como todos os dias, depois de caminhar muito muito e rápido rápido. Neste
romance, as personagens não só deambulam pelas ruas e recantos da cidade galega, mas
também percorrem um Vigo socialmente estratificado, ligeiramente superficial e
claramente sarcástico. É sobre uma relação improvável entre um menino betinho, Pablo,
e uma menina de bairro de monte, Rosa, no final da primavera, que se encontram todos
os dias na mesma camionete que os leva até a fábrica onde ela trabalha, PSA-Citröen , e
para o centro onde ele estuda, a antiga Escola de Peritos do Conde de Torrecedeira.
Pareceria uma história de amor, mortalmente pirosa, embora na verdade a trama
sentimental entre os dois seja apenas um meio de mostrar um panorama hierárquico
social que ainda é aquela mochila da qual ninguém escapa.
Uma situação repentina, um acidente inesperado muda profundamente a vida de Rosa,
que precisava de alguns empurrões para alterar a rotina fabril de sua vida, para tentar
apagar aqueles limites socioeconômicos que a colocam numa das prateleiras mais
baixas de uma sociedade urbana industrial como Vigo.
Sem poder deixar os preconceitos para trás, Jugar al palácio de Rosa lembra-nos alguns
laços sociais robustos num mundo que se denomina globalizado e pós-moderno,
democrático e progressista, mas que ainda é regido por estratificações sociais impermeáveis
tão antigas quanto o próprio mundo.
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