Maria Rosa Porcar Centelles
nasceu a 4 de dezembro de 1944, numa pequena aldeia, XODOS, na região de Valência, Espanha.
O seu dia a dia, desde criança, esteve marcado pelas preocupações sociais, sonhos e metas a atingir.
Filha duma família humilde, a sua aldeia oferecia-lhe poucas oportunidades. Por isso, foram muitos os sacrifícios que os pais, as irmãs e ela própria tiveram de padecer para ela frequentar as aulas no "Instituto Nacional de Bachillerato Francisco Ribalta de Castelló de la Plana", onde continuou a estudar depois da Escola Primária.
Finalizou os estudos na "Escola Normal de Magistério", também em Castelhó da Plana.
Participou em duas competições literárias: uma, de redação, a nível nacional e outra, de teatro para os estudantes da Escola do Magistério, tendo obtido o primeiro prémio.
Estava já a trabalhar no ensino público, quando se licenciou em Filosofia e Ciências da Educação, nas especialidades da Educação Especial e Organização Escolar. Diplomou-se em Psicologia.
Trabalhou 39 anos no ensino público, tendo obtido cargos de responsabilidade em diferentes planos de estudo.
Reformou-se em 2005, e em 2006 começou a frequentar as aulas de línguas estrangeiras na Escola Oficial de Línguas de Valência, tendo-se dedicado, pouco a pouco, somente ao português.
Em 2016, escreveu o seu primeiro poema em português e continuou a escrever até 2018. Em 2019, publicou, edição da autora, o seu poemário:
Sonhos, Esperança ... , VIDA
Atualmente, prepara a publicação de um conto infantil.
Continua a frequentar as aulas de português.
Sonhos, Esperança ... , VIDA
O tema dos poemas é a vida diária no olhar poético de quem observa, reflete e prepara uma amálgama de palavras para depois as libertar em plena ebulição lírica.
Tudo isto sem descurar uma estrutura cuidada que comprova o trabalho refletido da autora.
No poemário está presente a família, assim como os sentimentos por aqueles pessoas que nos são mais queridas. Contudo, também nos deparamos com a visão de uma mulher que empatiza com o outro, deixando entrever o seu lado mais social. Temas como a dureza das condições de vida e a circulação dos emigrantes que nos chegam diariamente às costas do Mediterrâneo, ou a violência exercida em mulheres maltratadas e assassinadas, estão presentes nas páginas deste rio de tinta emocional.
Este emergir da linguagem poética numa língua estrangeira foi sempre um desafio para a autora que, oferecendo ao leitor o seu código poético, se diverte ao oferecer-se a si própria um outro código, alheio a sua língua materna.
A língua, neste caso, não se cinge a ser um sinal de identidade, mas é a prova de como a poeta compreende a relatividade dos significados culturais e a intersecção entre o pensamento, as palavras e as culturas.
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