"Este livro apresenta a história de um homem que fascinou, pelas piores razões, o Portugal de finais do século XIX. Em abril de 1890 o Dr. Urbino de Freitas trocou a Escola Médico-Cirúrgica do Porto, onde era lente catedrático e granjeara reconhecimento científico e prestígio social, pela Cadeia da Relação da mesma cidade, onde foi encarcerado como suspeito do envenenamento de um sobrinho. O processo que ditou a sua condenação prolongou-se por mais de três anos, durante os quais circularam boatos que o deram por suspeito de outras mortes, incluindo o de uma sua própria filha recém-nascida e de outros familiares. Foi condenado em 1893 e esteve fora do Porto durante 20 anos, tendo começado por cumprir pena de prisão celular em Lisboa, a que se seguiu a partida para o degredo e depois para o exílio, onde se manteve até que a onda libertária da república lhe levantou a interdição de regressar ao país. Durante esses 20 anos atravessou tragédias pessoais de rara dimensão, incluindo o suicídio de um filho que não resistiu ao peso do crime praticado no seio da família. Urbino regressou a Portugal em setembro de 1913 e veio nesse mesmo mês ao Porto, onde deu uma entrevista ao jornal A Tarde. O trabalho do jornalista, publicado nas edições de 30 de setembro e 1 de outubro, apresenta-nos o retrato de um homem dominador, que nunca permitiu aos entrevistadores penetrar no mistério da sua vida. Menos de um mês depois, o seu cadáver era depositado no cemitério portuense da Lapa e selava para sempre esse mistério."
José Manuel Martins Ferreira concluiu em 1992 o doutoramento no domínio do projeto e teste de sistemas digitais, com ênfase no teste por varrimento periférico. Orientou várias teses de mestrado e doutoramento nessa área, no contexto de projetos de investigação nacionais e internacionais. Foi aprovado por unanimidade nas provas de agregação em 2000. Os seus interesses letivos centram-se no projeto e teste de sistemas digitais, tendo lecionado estas matérias em programas de licenciatura, mestrado e doutoramento, tanto na FEUP como em instituições estrangeiras. Foi vice-presidente para o Conselho Pedagógico da FEUP entre 2010 e 2013. Foi vice-reitor da Universidade do Porto entre 2014 e 2018, com o pelouro da gestão de informação, tecnologias educativas, qualidade e melhoria contínua. Entre 2018 e 2022 esteve (ao abrigo de uma equiparação a bolseiro sem vencimento) na "University of South-Eastern Norway". |
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