Tiago Alves Costa (1980) é poeta, dramaturgo e tradutor, residente actualmente em Barcelona. A
sua obra foi publicada na Galiza, Portugal e no Brasil, incluindo o seu último livro “Žižek vai ao
Ginásio” (Através Editora / Edições Macondo). Os seus poemas integram diversas antologias, entre
as quais, “World Anthology Border: Blurred & Political” (University of Victoria, Canadá, 2021) e
“Antologia de Poesia Iberoamericana Actual” (Exlibric, Espanha, 2018). O seu conto “A Porta do
Reconhecimento” foi premiado na 27a edição do Prémio Manuel Murguia de Narracións Breves.
Escreve textos e adaptações para teatro, tais como “CUBO” (Obra finalista dos prémios Maria
Casares) e “Revolution-Título Provisório”. É membro do Conselho Editorial da Revista
Moçambicana, Kilimar, e sócio da Associação Galega da Língua. Em 2017, tornou-se o primeiro
português a ser membro da Associação de Escritores e Escritoras em Língua Galega. Recentemente,
coordenou a antologia em língua portuguesa "A Boca no Ouvido de Alguém | Corpo-Identidade-
Língua" uma chancela da Através Editora. Licenciou-se em Comunicação e Publicidade, com uma
pós-graduação em Criatividade e Inovação pela Tompkins Cortland Community College (EUA).
Acaba de ser lançada pelo selo editorial Através Editora a antologia “A Boca no Ouvido de
Alguém”, um projecto coordenado por Tiago Alves Costa e motivado pela vontade de unir desde a
Galiza as linhas criadoras que se fazem atualmente no mapa dialogante e de afetos da(s)
lusofonia(s). Representa a urgência de nos deixarmos levar pela correnteza das línguas, do vigor dos
corpos-matéria, das pluralidades identitárias, e, tecer este tronco comum galego-lusófono, por vezes
tão distante um do outro.
Assim, o desafio proposto foi o de selecionar um conjunto de poetas com data de nascimento a
partir do ano de 1975, época de grandes mudanças políticas e sociais, e cuja proveniência fossem da
Galiza, Brasil, Moçambique, Portugal, Angola, Guiné-Bissau, Cabo Verde e São Tomé e Príncipe;
vozes, que além de possibilitarem não só novas formas de perceber o tempo que nos tocou viver,
também nos desvelassem a multiplicidade potenciadora da expansão do indivíduo e das sociedades
que integram; a poesia entendida como exercício de penetração na realidade, afirmando-se como
uma nova fonte emocional e dissolvente de ideias, amplificando singularidades. De igual modo, este
projeto visa também despertar uma visão diferente da(s) lusofonia(s). Porque partindo desde a
Galiza a visão tem de ser obviamente outra, capaz de descentralizar, mas também sendo inclusiva e
afectiva, provocando transgressões, fissuras, produzindo novas éticas, que nos retirem da repetição,
de atitudes e significações.
Poetas participantes:
Alexandre Brea Rodriguez (Galiza)
Álvaro Taruma (Moçambique)
Ana Estaregui (Brasil)
André Osório (Portugal)
Andreia Tavares Sousa (Cabo Verde)
Aoani D`Alva (São Tomé e Príncipe)
Carla Carbatti (Galiza – Brasil)
Cíntia Gonçalves (Angola)
Charo Lopes (Galiza)
David Bene (Moçambique)
Dautarin da Costa (Guiné-Bissau)
Emanuel Vieira Cambulo Ema Nzadi (Angola)
Emilio Tavares Lima (Guiné-Bissau)
Énia Lipanga (Moçambique)
Ernesto Daniel (Angola)
Francesca Cricelli (Brasil)
Filipa Leal (Portugal)
Goretti Pina (São Tomé e Príncipe)
Hélder Simbad (Angola)
Hera de Jesus (Moçambique)
Hirondina Joshua (Moçambique)
Irlando Ferreira (Cabo Verde)
Jaime José Nhate (Guiné-Bissau)
José Oliveira Pinto (Portugal – Cabo Verde)
Luiza Nunes (Portugal)
Manuella Bezerra (Brasil)
Maria Castelo (Galiza)
Mário Loff (Cabo Verde)
Michaela Schmaedel (Brasil)
Minês Castanheira (Portugal)
Orlando Piedade (São Tomé e Príncipe)
Otávio Campos (Brasil)
Paulo Fernandes Mirás (Galiza)
Paulu Salmoura (Cabo Verde)
Pedro Eiras (Portugal)
Raquel Gaio (Brasil)
Romana Brandão (São Tomé e Príncipe)
Rony Moreira (Cabo Verde)
Samuel F. Pimenta (Portugal)
Sofia Ferrés (Brasil)
Uxio Outeiro (Galiza)
Valódia Monteiro (Cabo Verde)
Verónica Martinez Delgado (Galiza)