Lançamento do romance «Obediência», de Sérgio Firmino Mendes
BIOGRAFIA
Sérgio Firmino Soares Mendes, nascido em 29 de março de 1974,
casado, pai de duas filhas, morador na cidade da Maia, é professor na
Escola Pública há mais de vinte anos.
Doutorado em Física pela Universidade do Minho, foi professor,
investigador e bolseiro da FCT na mesma instituição.
Foi deputado municipal e vereador na Câmara Municipal de
Guimarães, eleito pela CDU.
Foi optometrista e sócio-gerente de três empresas.
Desde 2021 que é coordenador de um Clube de Ciência e formador na
área dos manuais digitais, da inteligência artificial e dos laboratórios
virtuais.
Escreve para crianças e para adultos, tendo vencido o Prémio de
Literatura Infantil 2015 do Pingo Doce com o conto Orlando, o caracol
apaixonado, editado pela Alêtheia.
Obteve duas menções honrosas no Concurso Textos de Amor Manuel
António Pina com os textos O pintor de álamos e Memória a sépia.
Escreveu vários livros de poesia, tendo editado, em 2011, numa edição
de autor, o livro Diário de um enforcado; em 2020, editado pela Urutau,
lançou o livro Visitações.
Escreveu vários contos infantojuvenis, tendo editado, em 2018, pela
Coolbooks, Margarida e o lobo, e em 2019, Sofia no mundo das coisas
perdidas.
Também escreveu o romance O quarto da mãe, editado pela
Coolbooks, em 2018. Lança o romance Obediência, em 2023, pela
Busílis.
SINOPSE
Será o amor o princípio de tudo? Terá o amor a idade do mundo?
Estas e muitas outras questões são levantadas por Hélio Sol-Negro,
negro resgatado na das rodas dos enjeitados, em São Salvador da
Bahia. Foi noviço encarcerado na cripta do mosteiro de Oia, durante a
Guerra Civil espanhola. Foi professor contratado que decidiu voltar a
ensinar Matemática para conseguir pagar a renda de casa. As
memórias, as cartas e os sonhos de Hélio entrecruzam-se com a voz
de um narrador que caminha na selva amazónica, que navega na costa
galega e que sobrevoa a cidade de Almansor. Embora Hélio Sol-Negro
tenha a vida por um fio, decide voltar a enfrentar os fantasmas do
passado e os vigilantes do presente: algozes da Nova Inquisição
dirigida pelo Estado.
Adotado por Lorenz Caulen, jesuíta germânico e cientista platónico,
cedo percebeu que as quarenta Cartas de Tiago não deveriam ser
reveladas ao mundo. Protegido por Mayra Três-Céus, virgem Zuruahã
e mãe imaculada, conviveu com vermelhos, republicanos, anarquistas,
jesuítas e maçons envergonhados. Hélio e Mayra moravam com
Lorenz, Orazio e Virgil. Os três corvos negros excomungados,
escondidos numa cripta bafienta, liam e traduzindo obras perdidas,
redescobrindo autores e tratados desconhecidos. Aquela irmandade
improvável queria libertar todos os vermelhos de punhos levantados,
queria refundar uma República livre, justa e igualitária.
Anos mais tarde, já como professor contratado, Hélio Sol-Negro quer
ensinar que a beleza da Matemática reside na sua liberdade, quer
demonstrar que obedecer é trair a Humanidade e que é preciso amar.
Obediência é o livro do tempo circular e do universo consciente. O livro
que vivifica Apolo e Dionísio. Uma tragédia ibérica e uma paródia
sobre a escravidão contemporânea. O livro sobre a vida de um corvo
vermelho, livre e desobediente, que escreve a sua última frase com o próprio sangue.