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Título: Sem arco nem flecha Género: Poesia Edição: setembro de 2023 Páginas: 112 Encadernação: capa mole Formato: 12cmx22cm ISBN: 978-989-9070-67-7 PVP s/ IVA: 14,15€ PVP c/ IVA: 15,00€ |
Sinopse Eugénio de Andrade questiona e desafia os códigos oficiais de leitura e interpretação da realidade. Na sua escrita, a memória e os símbolos, as emoções e as referências culturais, as circunstâncias vividas e os seres humanos, os animais e as plantas, as coisas e as paisagens vão sendo entrelaçados por acção de uma palavra que convida o leitor a reencontrar-se e a reconhecer-se num imaginário poético que refaz o mundo. Sem Arco nem flecha é um poemário em que Flor Campino nos desvela o seu mundo interior. Um mundo que conseguiu construir fazendo o que melhor sabe fazer: criar beleza com as mãos; passa muito tempo construindo uma fabulosa e original obra plástica, trabalhando o couro e as cores, mas também um mundo de beleza através das palavras. Flor, do seu terraço favorito na Cantareira (Porto), olhando o céu, o voo das aves, as águas do Douro, ou debaixo do limoeiro do seu jardim, e sobretudo naquele quarto de cima, último espaço da casa, entre um escritório, terraço ou miradouro, de onde se avistam as águas do Douro, sempre a casa onde, finalmente, em a sua longa vida, de exílios, viagens, faltas, empregos para sobreviver, encontra as horas doces de partilhar a vida com Fernando e de esperar pela chegada de Ruth. Nestes locais Flor criou agora um espaço de emoção e memória. Também no acariciar dos gatos e do cachorro, doce herança de família, encontra o que fazer aos seus dias. Às vezes é assaltada por lembranças da sua antiga infância, da guerra, talvez porque o seu coração se assusta, e então lembra-se dos choupos da sua paisagem infantil destinados ao abate cruel. A emoção destes poemas recorda a dor e a beleza da tragédia grega. Flor, como uma imensa Hécuba, dedica-nos o seu sofrimento e a sua catarse transformados nestes belos poemas. Concha López Jambrina (tradutora de Flor Campino Não sei de pé ou escada que ascenda ao delírio das nuvens. Com as sombras correm a vasta planície. Para trás deixam a corpulência e o pasmo do gado, desnudam a ardósia imensa do espaço onde, em letras de fogo, um dedo escreve palavras ilegíveis. Flor Campino, artista plástica e poeta, nasceu em Tomar em 1934 e formou-se em pintura na Faculdade de Belas Artes do Porto. Viveu em Argélia e em Paris com a sua filha, Ruth, e o seu marido, o poeta Fernando Echevarria, que sendo filho de mãe espanhola nasceu em Cabezón de la Sal e estudou em Astorga. Em Paris foi professora e leccionou Língua e Cultura Portuguesa. Como artista plástica, está representada na Fundação Calouste Gulbenkian, na Biblioteca Nacional de Paris, na Fundação Eng. António de Almeida e no Museu de Arte Contemporânea de Tomar. Como poeta, é autora das obras Aresta das Folhas; O crivo dos dedos; Pérolas de Vidro; O lume dos dias; O Elogio do efémero, Retrato; 31 poemas e 27 poemas. Tem publicado também livros infanto-juvenis com desenhos e textos da sua autoria. Vive atualmente na Cantareira, Porto, e desenvolve uma intensa atividade enquanto artista plástica e enquanto poeta e contista |
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