96º Jantar de Amizade UNICEPE


António Menano

Trabalhos:










Nasceu em Coimbra em 6 de Maio de 1937. Considera a Figueira da Foz a sua cidade natal, onde sempre viveu, excepto em 1957/59 (Coimbra), 1960 e 1962/3 (Lisboa), e de 1988 a 1992 (Macau).

Entre 1982 e 1988 foi vereador da Câmara Municipal da Figueira da Foz. Em 1993, após o seu regresso de Macau, foi requisitado pela Câmara Municipal ao seu serviço no Hospital Distrital para chefiar os Serviços Culturais, onde se manteve até Novembro de 1997.

Visitou muitos países da Ásia, esteve no Brasil, na Colômbia e nos Estados Unidos da América. Conhece a generalidade da Europa e a Tunísia. Em todas estas derivações visitou museus, galerias de arte, estúdios de pintores, monumentos, além de ter contactado com as populações.

Escritor com 16 livros publicados, está representado em 13 antologias.



Colaborou em publicações de Angola, Brasil, Espanha, Macau, Moçambique e Portugal.

Ganhou 3 prémios nacionais de poesia.

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“Velho admirador da pintura de António Menano, cujo percurso tenho acompanhado desde há uns bons pares de anos, mais uma vez tento alinhar muito breves impressões sobre a obra deste autor, sem cuidar saber se numa outra me repito.

Admitindo que a intuição é consciência imediata da verdade, existe em António Menano uma enraizada intuição estética. Segundo Benedetto Croce, "A estética consiste na afirmação das identidades entre intuição e expressão, sendo a primeira essencialmente cognitiva e a segunda um princípio essencialmente activo, a manifestação exterior de alguma coisa". Por isso, "uma intuição sem expressão não sequer concebível". E acrescenta ainda, "o conhecimento intuitivo não cura de saber se a imagem é real ou não o é".

Na sua grande maioria, cada quadro deste original artista traduz-se por uma explosão cujo detonador é o impulso vital que o caracteriza e que desencadeia no espectador um fervilhar de sentimentos.

Eis um nominalista convicto, de ideias representativas que são intermediárias entre os objectos e o espírito. Das sua fabulações nasce sempre um diálogo entre o autor e o observador, como acontece na comunicação poética bem presente na laureada produção literária de António Menano.

Para Bergson, "Toda a consciência é memória". Mas, a meu ver, todo o inconsciente também o é, conforme o do autor, experiente e culto, bem demonstra e do qual brota, espontânea, tão forte e pura torrente pictórica. Cabe à fértil imaginação de António Menano trazer à superfície, através da memória, conhecimentos e descoberta incubados no decurso de uma inteligente e atenta vivência. Claro que se trata de uma imaginação produtiva e não reprodutiva. Imaginação que é faculdade de reviver, ou particularmente de criar, imagens mentais. Criação, e não simplesmente fantasia. A primeira baseia-se na capacidade de criar e ensaiar situações novas, ordenar conhecimentos não usuais, e ainda inventar "experiências mentais". Na esteira de alguém que recordo.

Porque António Menano tem o dom e a coragem de, não raramente, se afoitar por caminho na aparência tão díspares, de que são exemplo "Memória de New Bedford" e "Dança de deserto de Gobi", porque "joga" bem as cores, possui o sentido da topologia, sabe articular as imagens e se compraz no insólito, da presença dos elementos imanentes gera-se uma atmosfera de transcendência.”

Telo de Morais

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Exposições individuais e colectivas



Portugal - Salientamos a partir de 2004:
> França> Espanha> Estados Unidos da América>
Macau > ********************************************************************************************

Representado em:

Supremo Tribunal de Justiça, Lisboa | Instituto Português do Oriente, Macau | Museu Municipal Dr. Santos Rocha, Figueira da Foz | Casa Municipal da Cultura, Coimbra | Câmara Municipal de Coimbra | Sociedade Portuguesa de Autores, em Lisboa e no Porto | Delegação de Cruz Vermelha da Figueira da Foz | Outras colecções públicas e particulares em Portugal, Espanha, Suécia, Macau e USA.

Referido em:

ÓSCAR LOPES E A. JOSÉ SARAIVA, História da Literatura Portuguesa, 6ª Edição.

Portugal-Politik-Kultur-Wirtschaft Heute, Biblioteca Ibero-Americana, Frankfurt, Alemanha, 1997.

ANDRÉ PARASHI, Who is Who The Artists in Portugal. A biographical Dictionary. Vol. I, 1997.

ANTÓNIO CABRAL, Morfologia Literária, 1º edição, Porto Editora, 1971

FAUSTO CANICEIRO COSTA, Figueirenses de Ontem e Hoje, 1995

MARGARIDA MARQUES MATIAS, Dicionário de Artes Plásticas, Macau Sec. XX, Vol. I, Fundação Oriente, Lisboa, 1999

Dicionário Cronológico de Autores Portugueses, Vol. VI., Instituto Português do Livro e das Bibliotecas, Publicações Europa-América, 2001.

JÚLIO CONRADO, Ao Sabor da Escrita. Universitária Editora, Lisboa, 2001.

JÚLIO CONRADO, Nos Enredos da Crítica, Instituto Piaget, 2006



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Menções nos Prémios Fernando Pessoa (1963) e Bocage (1987); 2º prémio do Conto BNU, Macau, 1990; Seleccionado para o Prémio Nacional de Pintura Júlio Resende (1997); Vencedor do Prémio Nacional de Poesia Sebastião da Gama 2001; Prémio Nacional de Poesia da Vila de Fânzeres, 2002; Bazar Íntimo, Prémio Oliva Guerra (2006) Câmara Municipal de Sintra e Poemas da Roxa Aurora, Menção no Prémio de Poesia Universitária Editora, 2006

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É autor da capa do livro Camões, grande Camões, ..., (Introdução, Coordenação e Notas de ANTÓNIO RUIVO MOUZINHO), editado pela UNICEPE em 10 de Junho de 2002.

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