De 1 a 30 de Abril de 2010 Inauguração Quinta-feira, 1 de Abril de 2010, 18h30m - Será servido um porto d'honra Poças. |
As «janelas» de Amélia Alexandrino funcionam diante de nós como janelas reais. Colocam-se na linha que distingue um fora e um dentro, contrapondo um interior e um exterior, revelando portanto uma intimidade projectada para o outro lado. Exprime-se nestes quadros uma alma contemplativa que interroga a paisagem: ora uma colina de verduras, ora uma praia deserta onde nem já as gaivotas aparecem ou um poente agonizando para além do horizonte marínho. Sente-se principalmente que as «janelas» provêm de uma solidão, recolhida mas não fechada, e de um silêncio habitado por aragens de uma melodia que sonha comunicar-se para se tornar audível. Nem todos os dez quadros exposto de Amélia Alexandrino são «janelas». Mas, vendo bem, em todos parece espelhar-se a sensibilidade poética de uma mulher que pinta como quem deseja rasgar janelas reais no seu mundo através das quais se projecte e encontre, reencontrando-se no Outro. Pelo nsso associado Arsénio Mota |
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