Mas reconheceremos no mundo o mesmo mundo em que temos vivido? O horror assenhoreou-se de tal modo do que vemos, lemos, ouvimos nos meios de comunica o, que a vida, a nossa vida, inquinada por tanta mis ria e maldade vai ficando afetada pela desgra a alheia (que sempre nossa tamb m), uma vez que n o estamos s s no mundo Mas, afinal, que mundo este, em que se vai tornando? Entr mos num estado fatalista, premonit rio de resist ncias derradeiras, de movimentos na defensiva. Este terramoto impede vencedores e vencidos? Ou, muito simplesmente mistura-os para enlouquecer-nos, pois vamos recusando a apreens o do noticioso por defesa
Cada um de n s tem o seu combate. A velha tenta o de fazer o homem novo perdurar , embora o homem seja igual a si mesmo, abrangendo at a pr pria conce o da vida
O mito do recome o j vem de longe, algo brota de cinzas e escombros, h sempre quem almeje a nova renascen a , que nada mais ser talvez que anseio do regresso do passado, de tradi es eternas, de feitos heroicos engrandecedores de na es: sempre se tenta o resgate do passado, o mito do renascer das cinzas, qual mistela heroica a resgatar das humilha es do decl nio, pela agita o subversiva e revolucion ria.
E se nos voltarmos para Portugal, para a gloriosa gesta de nautas, cavaleiros, santos que com a f e a espada dilatavam a f o imp rio, caminha-se para a Vida Nova de Oliveira Martins, para a rep blica sidonista de 1918 o Estado Novo, em 1933.
Nisto, o desejo velado ou expresso era o da na o renascida. N o se discutia, cumpria-se
Sempre a tentativa de imitar pol ticas, novos regimes: sobre os destro os, a ilus o do novo: e tudo desaguava no projeto totalit rio.
Existe uma lei de que pa ses pequenos possuem larga experi ncia: se os pa ses ricos exportam capitais, os pa ses pobres exportam gente. Haver sempre a considerar a fratura entre a Europa dos ricos e a Europa dos pobres.
E se nos voltarmos para a hist ria portuguesa, cujos sucessivos imp rios terminaram de regra com o Estado em crise financeira: a inquieta o c vica ao incluir uma juventude qualificada, n o se exime no entanto ao pormenor de ter o pa s t cnicos, necessitar deles, e n o ter emprego para os mesmos. Da a necessidade de restaurar a vontade de ficar, na convic o e redefini o de um novo futuro para as comunidades, seja aqui, seja na Ucr nia ou na Patag nia H que evitar a perda do capital imaterial o saber -, sobretudo o saber fazer dos milhares que se ausentam, com tal subtileza , que deixamos de ter conhecimento da sua exist ncia
(As pol ticas de incitamento; os malfadados 50 dias de guerra a enlouquecer-nos de desespero, ang stia, inquieta o!
For oso abrir caminhos paz! Caminhemos juntos )
Abril-2022-16