As mulheres da minha aldeia, Cobrem o seu corpo com belos vestidos, desenhados por elas, As molas ou Morras... Elas sonham luas, amores impossíveis, rios de prata, olhos de arco-íris, gatos que voam, flores que falam borboletas que choram... Assim o relatam nestes tecidos, poemas que andam, Vestidos que guardam segredos, vestidos que falam de magias, Linguagem que os homens, muitas vezes, não entendem. Ologuaidi Meu querido feiticeiro Pintor Kuna Cúmplice de tantas lutas reais e imaginárias, Oferece-me esta flor feita mola ou talvez uma Mola transformada em flor, em CRAVO, Flor nas mãos de uma mulher. Eu, que tanto devo a este país - Portugal - E à sua gente, Eu, que o sinto como a continuação da minha outra aldeia Que nasce No mar das Caraíbas E chega a este Mar Português. A partir deste mar de sonhos e esperanças a vós, amigos de sempre Vos envio este Cravo, Como símbolo de amizade, de esperanças e solidariedades, E que vivam todos os povos desta bela Terra! Cebaldo Inawinapi, hoje tatuado de cravos... 23 de abril de 2012 |
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