2013-05-13, segunda-feira, às 18h30

apresentação do livro

“Raízes”, da nossa Associada Maria La-Salete Francisca de Sá.




SINOPSE DE “RAÍZES”


Penso que a introdução e o prólogo já fazem a sinopse do livro.

Introdução


Diz-me a Vida que tenho o dever de partilhar tudo quanto dela recebo e é por isso que escrevo.

Aqui deixo um percurso feito de muitos instantes, de momentos de Ser, dar e receber. Deixo as memórias atuais, as memórias ancestrais, a certeza de trazer na bagagem ensinamentos e experiências de muitas vidas, de muitos milénios, atrevendo-me a dizer que muito do que sei, vivi e vivo tem reminiscências noutros planos, noutros planetas, talvez noutras galáxias.

Não importa quão longo tenha sido o percurso, se já se andou muito ou pouco, importa reconhecer a Verdade de que somos energias da mesma fonte, sementes do Universo e que, tal como qualquer semente, seremos a árvore que dará frutos.

É nesse contexto que se insere este trabalho, são as experiências de germinação, muitas vezes solitárias, outras em partilha, mas que se manifestam no dia-a-dia, mesmo que nem sempre as consigamos vislumbrar.

Este livro não é simplesmente um livro, é uma radiografia dos meus encontros e desencontros na caminhada da Vida. Podia ser um diário, mas é muito mais do que isso, é a transparência dos sonhos vividos durante o sono, dos sonhos conscientes em estado de vigília, de saberes inatos, de projeções e, acima de tudo, das múltiplas vivências que ao longo da existência me fazem ver e sentir que nunca estamos sós.

Não é meu objetivo fazer verdade das minhas verdades, simplesmente deixo transparecer aquilo que sou, cabendo a cada um a liberdade de as partilhar ou rejeitar.

Prólogo


Certo dia, durante uma dessas conversas que surgem por necessidade de deixar fluir todo o sufoco que nos constrange, dessas que acontecem espontaneamente quando confiamos na amizade do nosso ouvinte ou interlocutor…, depois de me ouvir, de aceitar essa necessidade de extravasar, como fazem os bons amigos, o meu amigo disse-me: “Escreve um livro”. E eu ri. Não, não ri, eu sorri. Sorri como que a dizer: “Compreender-me e aceitar-me, tudo bem, mas acreditar-me capaz de traduzir o que quer que seja – que não em poesia – com princípio, meio e fim, acreditar que algum dia conseguiria transmitir uma mensagem verdadeira à pequena parcela da humanidade que, porventura, me poderia ler, isso era, sem dúvida, uma loucura ou então uma daquelas benevolências que às vezes envolvem as amizades ao julgarem os amigos mais talentosos do que o são na realidade”. Para mim isso ficou no limbo da utopia, nada mais.

Mas, com o decorrer do tempo, com o desenrolar das minhas vivências de redescoberta de mim como algo mais do que propriamente a pessoa que os olhos físicos podem ver, uma outra voz se fazia audível: “Tens o dever de partilhar tudo o que o Caminho da Vida te mostra e ensina”. E, quando este “grilinho falante” soava e insistia na conversa de partilha, logo na tela da minha mente repassava a conversa do meu amigo.

Não sei muito bem como se começa a escrever um livro, mas sei que tenho que o fazer.

“Não é difícil, basta recolheres os textos que tens escrito ao longo dos anos”, diz-me o meu marido.

Só que ele não sabe o medo que tenho de começar a desatar os nós, sim, os nós, porque são relatos de vivências pontuais, de intuições… e estão de tal modo intrincados que nem sempre sei onde se encadeiam uns nos outros. Mas hei de dar conta do recado, ai isso hei de!


Nota: No livro, a introdução e o prólogo, assim como todo o corpo da obra, ainda não obedecem ao acordo ortográfico, porque foi editado em maio de 2011.