76º Jantar de Amizade UNICEPE


76º Jantar de Amizade UNICEPE
Quarta-feira, 25 de Maio de 2006, 19h45m
Poemas Imperfeitos Maria Virgínia Monteiro

livro de Maria Virgínia Monteiro
apresentado, no dia do seu 75º aniversário, por Antero Monteiro e Jorge Velhote

(Surpresa para a autora: alguns dos seus sonetos musicados e cantados por Ivo Machado)

Maria Virgínia Monteiro

Notas biobibliográficas:

Mª VIRGÍNIA Santos Teles Guerra MONTEIRO nasceu em Espinho a 25 de Maio de 1931. Filha do poeta Oliveira Guerra, licenciou-se em Línguas e Literaturas Modernas pela Faculdade de Letras do Porto e exerceu o magistério no ensino secundário. Poetisa bilingue, publicou: «Mulher de Loth» (Sol XXI, Lisboa, 1992), «...Ribeiro, teu indício» (Sol XXI, Lisboa,1995), «O Silêncio Todo» (Universitária Editora, Lisboa, 2000), «Ces Quelques Lettres Portugaises» (Ed. Lacour, Nîmes, 2002), «As Cinzas e as Brisas» (edições tema, Lisboa, 2002), «Precário Registo» (Universitária Editora, Lisboa, 2003), e «As Palavras, Este Canto, Este Rio» (Editora Ausência, Vila Nova de Gaia, 2004), além de textos dispersos por jornais e revistas, tais como: Brotéria e Sol XXI (Lisboa), Escritores de Gaia, Entre-Letras (Tomar), Saudade (Amarante), Folhas, Letras e Outros Ofícios (Aveiro), Alhucema (Espanha, Granada) e Jalons (França , Vichy).
Consta das antologias Contos (Sol XXI, Lisboa, 2003), Poetas Portugueses e Brasileiros (BLES, Rio de Janeiro, 1996), 100 anos de Federico Garcia Lorca (Universitária Editora, Lisboa, 1998), Homenagem dos Poetas Portugueses (...), Millenium (Universitária Editora, Lisboa, 2001) Na Liberdade (Garça Editores, Peso da Régua, 2004), Neruda, Cem Anos Depois (Universitária Editora, Lisboa, 2004), A Circulatura do Quadrado (Alguns dos Mais Belos Sonetos de Poetas Cuja Mátria È a Língua Portuguesa), (UNICEPE, Porto, 2004).

Algumas opiniões:

“... a palavra poética de MVM revela-se como uma voz muito pessoal no quadro das suas inevitáveis genealogias e patenteia uma urgência em calar toda a recusa, hoje rara na poesia portuguesa. Feita (e desfeita) de memórias e de pesadelos, de perda e procura (formal e material), ... reintegra e recupera, no entanto alguns dos mais ricos veios da lírica tradicional e fá-lo do inquieto e desigual modo em que as tradições se renovam e as diferenças se integram.”
Manuel António Pina, Jornal de Notícias, Porto, 1993-04-27.

“... O que se escreve actualmente é sempre o resultado de tudo o que ficou para trás, o que até certo ponto os poemas de MVM provam, onde quase tudo parece traduzir a hora fugitiva a que alude Pessanha. ...”
Filomena Cabral, Magazine, JN e DN, 1993-08-22

“... tal como o que o antecede, Mulher de Loth, é um testemunho poético ... transposto com um grande sentimento elegíaco, lírico e especulativo, o qual, em certas passagens, principalmente nos sonetos, faz lembrar Antero de Quental. ...”
Ramiro Teixeira, sobre Ribeiro Teu Indício, O Primeiro de Janeiro, 1995-

“... reli várias vezes alguns dos poemas. Magníficos. Têm tudo. Beleza de pedra, ritmo de água, silêncios, e finalmente aquilo a que Vinci chamava invenção. E tudo tão soberanamente natural que fica o coração magoado. ...”
Jorge Guimarães, carta de 2000-06-02 sobre Ces Quelques Lettres Portugaises.

“... Depois, parece-me haver na sua poesia uma voz. Nessa identidade poética, que é decerto uma marca de maturidade, as suas heranças literárias diluem-se de um modo profundamente pessoal e sentido em torno dos seus temas preferidos: o tempo, a impermanência do mundo e do ser e do ser no mundo. “
Manuel António Pina, carta de 2001-07-31

“... Os seus poemas atravessam-se no azul da angústia e no júbilo discreto, no desejo e no tédio, no ser e no contrário, metades de vida e adiamentos provisórios da morte corrente do quotidiano, ...”
Joel Costa, carta de 2001-05-21, sobre Ribeiro Teu Indício.

“Posso chamar-te assim ... por tu?... A tua poesia é muito inteira, intensa; despe-se, respira só, sabedora dela, lírica, pura. É uma poesia não sentimental – de sentimentos. Preserva-se da sua indiscrição, no entanto, por uma espécie de pudor sensível, de uma leveza que apaga os desregramentos e de uma suspensão da dor que a torna ainda mais presente. ...”.
Eduarda Chiote, carta de Setº 2003, sobre As Cinzas e as Brisas...

“... Em todos os poemas, a música, pelo ritmo, pela sóbria e contida rima, ou pelo canto da aliteração. Às vezes é música pura. ... Casos há em que a musicalidade evoca o nosso melhor e mais antigo lirismo das cantiga de amigo ... Quase no fim do livro, uma das mais geniais súmulas poéticas que já vi fazer acerca de uma vida humana (Este correr de dias), onde nenhum comentário, que não seja redundante, se justifica. ...”.
Risoleta Pinto Pedro, apresentação de As Palavras, Este Canto, Este Rio, na Livraria LerDevagar, Lisboa, 2005-04-15.

“... Furtando-me a comparações académicas (mas pensei em Natália e Sofia, por exemplo), os seus poemas lembraram-me algumas vezes Eugénio de Andrade: os mesmos rios, ventos, manhãs, flores, nuvens e pássaros – e o mesmo olhar interior com que vêem e se interrogam, numa solidão assumida, dentro de uma paisagem primigénia que aos dois envolve, sobre o sentido da finitude humana. Um, resignado pela a sua relação com a matéria; outra, inconformada, pela sua relação com a transcendência. ...”
Leonel Cosme, carta de 2005-10-20



Para o jantar (às 19h45m): Inscrições antecipadas na
UNICEPE - COOPERATIVA LIVREIRA DE ESTUDANTES DO PORTO, CRL
Praça de Carlos Alberto, 128-A - 4050-159 PORTO
Telefone 22 205 66 60 - Unicepe@mail.telepac.pt

Para a tertúlia, após o jantar (cerca das 21h30): entrada livre



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