Apresentação do álbum de poesia e fado ENQUANTO, de Catarina Marques
“Enquanto” é um álbum de poesia e fado, dito por Catarina Marques e tocado por André Teixeira, na guitarra clássica e João Martins, na guitarra portuguesa.
Inclui poesia de, entre outros, Saramago, Gedeão, José Régio, Jorge de Sena, Torga, Pedro Barroso e Natália Correia.
Fala-nos de liberdade, justiça e sonho e também dos seus avessos, daquilo que nos cerceia, da condição feminina, das tenebrosas condições de vida e da censura.
Porque a poesia é para ler, para ouvir, para dizer, para sentir, para comer! A poesia é para viver!
– Das 19h00 às 21h00: Jantar, com ementa a anunciar oportunamente.
– Das 21h00 às 22h00: Atuação ao vivo de Catarina Marques e dos músicos André Teixeira e João Martins.
Os álbuns serão dedicados pessoalmente pela autora após a apresentação.
Catarina Marques é neurocirurgiã e aprendeu em casa a declamar poesia. Nunca mais parou e até gravou um CD
A declamadora que trata a poesia com pinças
LITERATURA: O pai, o advogado Artur Marques, declamava poesia em casa. Aos 12 anos, Catarina apanhou-lhe o jeito e não mais parou. Acabou por formar-se em neurocirurgia mas não largou a sua paixão e até tem em pré-lançamento um disco de poemas intitulado “Enquanto”, em que é acompanhada à guitarra clássica por André Teixeira e à guitarra portuguesa por João Martins. Na adolescência, Catarina Marques declamava para os amigos e anos mais tarde criou um canal no YouTube, onde publica um novo vídeo por semana. Desde sempre quis ser médica. Vive há sete anos em Uppsala, na Suécia, onde é neurocirurgiã e faz um doutoramento. A cirurgiã encontra na poesia “uma opção pela li
berdade, pela justiça e pelos nossos sonhos”.
Catarina é feliz com o que a vida lhe proporcionou: a medicina e a poesia
CV
v Idade: 50 anos v Profissão: Neurocirurgiã v Naturalidade: Braga v Residência: Uppsala, Suécia
PRIMEIRO CD Criada em Braga, escolheu para o primeiro CD poemas daqueles que “aprendeu a amar, por falarem das liberdades, da condição feminina e das tenebrosas condições de vida e da censura”. Disso são exemplos a “Calçada de Carriche”, de António Gedeão e “A defesa do poeta”, de Natália Correia. Gedeão é o seu “poeta
maior”, desde a adolescência, quando o poema “Anti-Anne Frank” muito a impressionou e de onde retirou o título da obra. O CD tem 17 faixas com poesia de, entre outros, Jorge de Sena, José Régio, José Saramago, Manuel Alegre, e Mário de Sá Carneiro. A seleção revela os traços que definem a mulher por detrás da intérprete, de “um olhar mais amplo que o do quotidiano”. Um olhar “para a fraternidade e a procura da justiça, não apenas como um ideal mas sobretudo como uma prática”, o que, diz, se faz olhando as ruas e as gentes, onde se concentra o mais terno lirismo, degustando esta vivência diária com vagar, pois “a poesia”, como Natália Correia imortalizou, “é para comer”.