2017-01-11, quarta-feira: 167º Jantar de Amizade UNICEPE.





– 18h45: Tomada de posse dos novos Órgãos Sociais, que subscrevem este email, eleitos na Assembleia Geral Ordinária de 29 de dezembro.

– 19h00: 167º Jantar de Amizade UNICEPE.
Ementa: sopa de legumes, saladas variadas, Perca assada com broa, batata a murro e legumes salteados + Dobrada à moda do Porto [“Um dia, num restaurante, fora do espaço e do tempo/ Serviram-me o amor como dobrada fria./ (…)], vinho verde branco, vinho maduro branco e tinto, refrigerantes, águas, cerveja, sobremesas variadas, vinho do Porto POÇAS.
Preço: 15,00 €. Pedimos o favor das inscrições o mais rápido possível.

– 21h00: Apresentação do livro RITUAL SEM PALCO, de Manuela Nogueira (a "Pequena dos chocolates" do poema TABACARIA!, que já foi convidada do 67º Jantar de Amizade, em 2005-04-08). (Foi a leitura de “Tabacaria” que, de imediato, decidiu Antonio Tabucchi a aprender a língua portuguesa…)
Os interessados poderão inscrever-se para leitura de poemas do livro.

– 22h00: Apresentação do trabalho '...pessoas de Fernando', seleção de textos de Fernando Pessoa ( e seus heterónimos ) abrangendo temas como ‘Amor’, ‘Morte’, ‘Fragmentação do Eu ou Desencanto’ suportados por um ambiente sonoro/cénico que acompanha as diversas leituras. A duração é de 40 a 45 minutos, a que poderá seguir uma breve tertúlia. Um CD será disponibilizado para venda no dia da apresentação.

Introdução
‘…pessoas de Fernando’, que aqui apresentamos, é o nosso caminho, consubstanciado nas emoções que a leitura do Poeta suscitou em nós. Dado que a Poesia e a Música se abraçam numa simbiose artística inalienável, quisemos, ao unir estas duas expressões, prestar o nosso tributo ao Poeta.

Eivados do princípio pessoano de que a criação artística é “intelectualização da sensação através da expressão”, tivemos como ponto de partida a nossa própria emoção de leitores, convictos de que um poema é um produto intelectual, artisticamente verdadeiro e realizado, desde que accione as cordas do sentir de quem o lê.

Pessoa foca-se num eu inquieto, voltado para a obsessão da análise de temas em torno da nostalgia de um bem perdido, ou da reminiscência do mundo feérico e irreversível da infância, da solidão e da angústia existencial, do cepticismo, da náusea, do conflito entre o ser e o não ser, do amor. Por estas sendas enveredámos para aqui chegarmos.

E depois… a música, a nossa, aquela que foi ‘batendo’ dentro de nós, como um manancial que nasce das entranhas da terra e se faz seiva para alimentar a palavra poética, fazendo de ambas um organismo vivo.

Sendo a música, no dizer de Degas, “não a forma, mas a maneira de entender a forma”, quisemos que a nossa música entrasse em diálogo com a palavra de Fernando Pessoa.

(Albertina Fernandes / Fernando Fernandes)


‘...pessoas de Fernando’

Gil Milheiro
Manuela Melo
Margarida Dias
Miguel Fernandes

Ficha Técnica:

Leituras
Gil Milheiro
Manuela Melo
Margarida Dias

Sound Design
Miguel Fernandes

Música
Miguel Fernandes: Voz, Coros, Guitarras, Baixo, Guitarra Portuguesa, Bandolim, Ukulele, Harmónica, Percussão, Instrumentos midi e programações

Gil Milheiro: Piano em “Começo a morrer nas coisas” e “Considero a vida uma estalagem”; Hammond em “Na estalagem a meio-caminho”; “Chove. Que fiz eu da vida?”

Paulo Freitas: Bateria em “Presságio”; “Chove. Que fiz eu da vida?”; “Aí… mas de que serve imaginar”; “Não me perguntes por que estou triste…”; “Na estalagem a meio-caminho”; “Tudo o que faço”

Composição
Miguel Fernandes
Excepto:
“Eis-me enfim só”; “Começo a morrer nas coisas” (Gil Milheiro)
“Considero a vida uma estalagem” (Gil Milheiro/Miguel Fernandes) Alinhamento:

01. Eis-me enfim só,
oh desejado horror!
02. Mas dono da tabacaria chegou à porta e ficou à porta.
03. Começo a morrer nas coisas...

04. Os mortos nascem, não morrem.
05. A vida é o que fazemos dela.
06. Quando vier a Primavera
07. Deixai-me viver sem saber nada!
08. Se eu morrer muito novo
09. E eu o complexo
10. Considero a vida uma estalagem
11. A morte chega cedo
12. Vem sentar-te comigo
13. Dá a surpresa de ser.
14. Como te amo?
15. O amor é uma companhia.
16. Lembro-me bem do seu olhar.
17. Não sei se é amor que tens, ou amor que finges 18. Presságio
19. Amava a Natureza como um monge calmo a Cristo...
20. Teus olhos entristecem
21. Todas as cartas de amor são ridículas.
22. Não sei.
23. Lenta e lenta a hora
24. Chove. Que fiz eu da vida?
25. E o escuro ruído da chuva
26. E todo o Universo luminoso e complexo
27. Aí… mas de que serve imaginar
28. Não me perguntes por que estou triste…
29. Na estalagem a meio-caminho
30. Na praia baixa
31. Tudo o que faço

Gravação, Mistura e Masterização Miguel Fernandes
Gravado e misturado no Estúdio Toupeira

Ilustração: Ângela Vieira
Design Gráfico: Alexandre Fernandes
Texto Introdutório: Albertina Fernandes e Fernando Fernandes





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